Ascendência de Elfrida Ribeiro dos Santos

Sumário


Capítulo I – Elfrida Ribeiro dos Santos

Elfrida Ribeiro dos Santos nasceu aos 2 de fevereiro de 1930 em Cumari-GO. Ela era filha de Joaquim Ribeiro dos Santos e Amélia da Silveira Branquinho. Na sua certidão1 de nascimento, pode-se ler:

“[…] Certidão de Nascimento
Nome:
EUFRIDA RIBEIRO DOS SANTOS […]
Data de nascmento por extenso:
Dois de fevereiro de mil novecentos e trinta […]
Municípido de nascimento e unidade da federação:
Cumari-GO […]
Filiação:
JOAQUIM RIBEIRO DOS SANTOS, lavrador, natural de Igonaporea, estado de São Paulo; e de AMÉLIA DA SILVEIRA BRANQUINHO, natural de Ipameri, estado de Goiás, residente neste distrito de Cumari, estado de Goiás. Casados em Araguari, estado de Minhas Gerais. […]”

Ela se casou com Lázaro Claudino da Costa, filho de Perciliano Claudino da Costa e de Francisca Paula de Oliveira. Lázaro nasceu em 20 de julho de 1925 em Conceição da Aparecida-MG. Até então, não foram localizados os registros de batismo ou de nascimento civil na referida cidade, o que pode indicar que tenha nascido em outro município ou em alguma região próxima.

O casamento ocorreu aos 24 de dezembro de 1948 em Caturaí-GO. Na sua certidão2 de nascimento, pode-se ler:

“Certidão de Casamento

Nome atual dos cônjuges:
Lázaro Claudino da Costa
Eufrida Ribeiro da Costa
(…)
1o Cônjuge
Lazaro Claudino da Costa
Data de nascimento
20 7 1925
Nacionalidade
Brasileira (…)
Municipio de naturalidade
Conceição Aparecida – MG
Gestor(es)
Perciliano Claudino da Costa; Francisca Paula de Oliveira
(…)
2o Cônjuge
Eufrida Ribeiro dos Santos
Data de nascimento
2 2 1930
Nacionalidade
Brasileira
(…)
Municipio e naturalidade
Cumari – GO
Genitor(es)
Joaquim Ribeiro dos Santos; Amélia da Silveira Branquinho (…)
Data de celebração do casamento
Não consta
Regime de Bens
Comunhão de bens
Data do registro
Vinte e quatro (24) de dezembro (12) de um mil e novecentos e quarenta e oito (1948)
(…)”

Lázaro e Elfrida viveram por muitos anos na cidade de Rubiataba-GO, onde possuíam duas grandes fazendas, a primeira às margens do Córrego da Prata e a segundo no Coité, antes de se mudarem para a cidade de Goianésia-GO.

Lázaro faleceu em 23 de maio de 2008 em Brasília-DF, com 82 anos de idade. No registro3 civil de óbito, pode-se ler:

“[…] Certidão de Óbito […]
Certifico que aos 24 de maio de 2008, sob os números acima mencionados, do Livro de Registro de Óbitos deste Cartório, foi lavrado o óbito de:
LÁZARO CLAUDINO DA COSTA
Falecido aos vinte e três dias do mês de maio do ano de dois mil e oito […], Brasília-DF […]
Natural de Conceição da Aparecida-MG […]
Com 82 (oitenta e dois anos de idade), estado civil casado,
Filho de PERCILIANO CLAUDINO DA COSTA
e de FRANCISCA PAULO DE OLIVEIRA,
Foi declarante: WILSON CLAUDINO DOS SANTOS […]
Observação: Era eleitor em Goianésia-GO. Deixou bens a inventariar, não deixou testamento conhecido. Deixou nove (09) filhos a saber: […] WILSON 49 anos […] Deixou viúva a sra ELFRIDA RIBEIRO DA COSTA […] O declarante comparece na qualidade de filho do falecido […]”

Já Elfrida, faleceu aos 15 de maio de 2010, em Goiânia-GO com 80 anos de idade. No registro4 civil de óbito, pode-se ler:

“[…] Certidão de Óbito
Nome
ELFRIDA RIBEIRO DA COSTA […]
Estado civil e idade
Viúva, 80 anos
Naturalidade
Cumari-GO […]
Filiação […]
JOAQUIM RIBEIRO DOS SANTOS e AMÉLIA DA SILVEIRA BRANQUINHO
Data e hora do falecimento
Quinze de maio de dois mil e dez […]
Local do falecimento
Hospital Amparo, em Goiânia-GO”

Foram filhos de Elfrida Ribeiro dos Santos e Lázaro Claudino da Costa:

  1. MARIA.
  2. VALDIVA RIBEIRO DA COSTA.
  3. VALDIVINA RIBEIRO DA COSTA.
  4. MILTON CLAUDINO DA COSTA.
  5. AMÉLIA RIBEIRO DA COSTA.
  6. WILSON CLAUDINO DOS SANTOS.
  7. AIRTON CLAUDINO DA COSTA.
  8. ZILDA (Zildinha) CLAUDINO DA COSTA.
  9. LEVI SANTOS COSTA.
  10. DAVI CLAUDINO DA COSTA.
  11. IZILMA CLAUDINO.

Capítulo II – Os Pais

Joaquim Ribeiro dos Santos e Amélia da Silveira Branquinho

Joaquim Ribeiro dos Santos nasceu no dia 21 de dezembro de 1885 e foi batizado no dia 3 de novembro de 1886, na Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, atual Igarapava-SP. Ele era filho de Antônio Ribeiro dos Santos Sobrinho e Placedina Maria de Jesus. No seu registro5 de batismo, pode-se ler:

“Aos 3 de novembro de 1886 baptizei JOAQUIM, nascido a 21 de dezembro de 1885, filho de Antônio Ribeiro dos Santos Sobrinho e Placedina Maria de Jesus. P.P. Christino Ribeiro dos Santos e Anna Claudina da Rocha. O Vigr.° Angelo Retralha.”

Amélia da Silveira Branquinho mais jovem (à esquerda) e com mais idade (à direita).

Joaquim se casou com Amélia da Silveira Branquinho, que, segundo relatos familiares, seria natural de Ipameri-GO. Ela era filha de José Bernardo Rangel e Maria Candida de Jesus (ou Angélica de Jesus, da Silveira Branquinho). No entanto, conforme o registro de óbito de Amélia e os registros de batismo dos quatro primeiros filhos do casal, tudo indica que ela era, na verdade, natural de Araguari-MG, embora até o momento não tenha sido encontrado a certidão de nascimento ou registro de batismo na referida cidade.

A informação de que teria nascido em Ipameri-GO não parece compatível com o fluxo migratório predominante entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás no final do século XIX e início do século XX. Naquele período, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro havia concluído apenas o trecho ligando o interior paulista a Araguari-MG. O prolongamento da linha até Goiás só seria finalizado após 1911, anos depois do suposto nascimento de Amélia em Ipameri-GO, o que torna menos provável uma migração anterior à conclusão desse trajeto ferroviário.

Outro fator que reforça a hipótese de que ela não tenha nascido em Ipameri-GO é o registro de casamento encontrado nos livros paroquiais da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP, que estaria relacionado aos seus pais. No registro6 de casamento, pode-se ler:

“Aos 2 de Abril de 1883 com despença Apostolica, recebi em matrimonio a JOZÉ BERNARDES RANGEL e MARIA CANDIDA DE JESUS, ele filho dos finados Jozé Bernardes Rangel e Maria Lucinda da Silveira, e ella filha de João Damasceno Branquinho e D. Candida Maria da Silveira. Lhes dei as bençãos nupciaes […] forão testemunhas Jozé Francisco da Silveira e João Candido Branquinho […]”

Segundo relatos de familiares, Amélia teria sido filha única e perdido os pais ainda muito jovem, por volta dos quatro anos de idade. Após esse evento, teria sido criada por tios, cuja identidade permanece desconhecida.

No entanto, foram localizados diversos registros em Rifaina-SP e Araguari-MG relacionados a José Bernardes Rangel e sua esposa Maria Cândida (Angélica) de Jesus, supostos pais de Amélia. Entre esses documentos, destacam-se três registros de batismo de filhos do casal em Araguari-MG, o que indica que Amélia teve irmãos, contrariando, portanto, a tradição oral familiar que a descrevia como filha única.

Além disso, José Bernardes Rangel tinha uma irmã mais velha chamada Anna Angélica da Silveira, tia paterna de Amélia, casada com Silvestre de Mendonça Ribeiro. Essa família também migrou na mesma época de Igarapava-SP para a região de Araguari-MG. Curiosamente, Silvestre era tio-avô de Joaquim Ribeiro dos Santos, o futuro marido de Amélia, evidenciando uma conexão familiar anterior entre os dois cônjuges. Os filhos de Silvestre e Anna, por sua vez, aparecem como padrinhos e madrinhas de filhos de José Bernardes Rangel e Maria Cândida de Jesus, bem como de filhos do próprio casal Joaquim e Amélia. Tais vínculos reforçam não apenas a ligação de Amélia com a família Mendonça, como também corroboram a identificação de seus pais como José Bernardes Rangel e Maria Cândida de Jesus.

Portanto, embora os registros contradigam a ideia de que Amélia fosse filha única, a tradição oral sobre a perda precoce dos pais e sua criação por tios pode, de fato, ter fundamento, especialmente considerando que esses tios residiam na mesma região. Para confirmar essa hipótese, seria necessário localizar os registros de óbito de seus pais, que provavelmente faleceram após o ano de 1904, muito possivelmente na região de Araguari-MG.

A data do casamento entre Joaquim e Amélia teria sido por volta de 1904 e 1907, pois Joaquim aparece provavelmente solteiro como padrinho em alguns registros de batismo e a primeira filha do casal nasceria somente em 1908. Infelizmente, ainda não foi encontrado o registro nos arquivos paroquiais de Araguari-MG que comprove o local e a data exatos do casamento.

A vinda da família para Minas Gerais e Goiás

Há fortes indícios de que as famílias de Joaquim e Amélia tenham se mudado para Araguari-MG no final do século XIX. Nesse período, diversos registros paroquiais foram localizados na freguesia de Nossa Senhora da Cana Verde, atual Araguari-MG, relacionados a eles e a seus familiares.

A migração para o Triângulo Mineiro ocorreu em paralelo à expansão do sistema ferroviário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, uma das principais responsáveis pela integração econômica e territorial entre o interior paulista e o sul de Minas Gerais. Fundada em 1872, a Companhia Mogiana foi criada para atender à crescente demanda do ciclo do café, ligando regiões produtoras ao porto de Santos.

Mapa das estradas de ferro da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Fonte: ASSEF – Associação dos Amigos da Estação Ferroviária de Franca.

A linha-tronco da ferrovia, partindo de Campinas-SP, chegou a Franca-SP em 1888 e, posteriormente, foi estendida até Araguari-MG em 1896, cruzando o Rio Grande pela cidade de Rifaina-SP. Três anos depois, em 1899, foi construído um novo ramal que cruzava as cidades de Ituverava-SP e Igarapava-SP, consolidando a presença da Mogiana na região.

Antiga estação ferroviária de Rifaina-SP. Fonte: Estações Ferroviárias do Brasil.
Antiga estação ferroviária de Igarapava-SP. Fonte: Estações Ferroviárias do Brasil.

É provável que a mudança tenha ocorrido entre os anos de 1896 e 1904, aproveitando-se do tronco principal da referida ferrovia, que passava por Rifaina-SP. Esse cenário é especialmente plausível ao se considerar que a estação ferroviária de Igarapava-SP só seria inaugurada em 1905, quando grande parte da família já se encontrava em território mineiro.

A ferrovia não apenas facilitava o deslocamento de pessoas e o transporte de mercadorias, como também estimulava o desenvolvimento de novos centros urbanos, favorecendo a fixação de famílias em regiões até então pouco povoadas, como aparenta ter sido o caso dessa família.

Finalmente, com base nos registros de batismo dos primeiros filhos em Araguari-MG e nas certidões de nascimento dos demais filhos em Cumari-GO, é possível concluir que a mudança do casal de Araguari-MG para Cumari-GO ocorreu após o nascimento da filha Aracides.

Sabe-se, por meio de pesquisas nos arquivos do Recenseamento do Brasil realizado em 1920, que Joaquim já possuía uma propriedade no município de Catalão-GO, mais precisamente em Pirapitinga-GO. Essa informação está em consonância com os relatos familiares e com os documentos dos filhos mais novos, já nascidos no estado de Goiás.

Joaquim Ribeiro dos Santos faleceu no dia 2 de fevereiro de 1939, mesmo dia do aniversário da filha mais nova, em Inhumas-GO, com 53 anos de idade e não deixou testamento escrito. No momento de sua morte, o casal residia na fazenda Serra Abaixo, também em Inhumas-GO. Em sua certidão de óbito7, pode-se ler:

“(…) Certifico que, no livro numero Nove de registro de óbitos deste cartório a folhas numero V. 123 a 124, sob o termo numero 745, consta o de JOAQUIM RIBEIRO DOS SANTOS, do sexo masculino, de côr branca, com quarenta e nove annos de edade (na verdade tinha 53), natural de Igarapava, Estado de São Paulo, estado civil casado profissão lavrador, residia na Fazenda ‘Serra Abaixo’, neste Distrito de Inhumas-Goiaz, fallecido de Insuficiência cardio renal em dois de Fevereiro de mil novecentos e trinta e nove, às 15 horas, em domicilio próprio, neste Distrito de Inhumas: (?) filiação Antônio Ribeiro dos Santos e Placedina Angelica de Jesús, já falecidos, sendo sepultado no cemitério de Santana desta cidade de Inhumas, Estado de Goiaz. Foi declarante do óbito o cidadão Antônio Qualheto e atestantes Doutor José de Arimatés e Silva. O referido é verdade e dou fé. Cartório de Paz de Ihumas, 22 de Março de 1939. O Official do Registro Civil João Lôbo Filho”

Joaquim Ribeiro dos Santos teve processo de inventariado aberto aos 30 de março de 1939 em Inhumas-GO. As cópias dos documentos foram obtidas com um de seus netos. Em seu inventário8, pode-se ler:

“Por seu procurador e advogado abaixo assinado (procuração inclusa), dizem dona Amelia da Silveira Branquinho, por sí e como representante de seus filhos menores impub Orlandina Ribeiro dos Santos, Izaul Ribieiro dos Santos, Elfrida Ribeiro dos Santos e do menor pubere Leartino Ribeiro dos Santos, Dona Antonia da Silveira Ribeiro, José Ribeiro dos Santos, Macionil Bello de Oliveira, como cabeça do casal de sua mulher dona Maria Ribeiro dos Santos, João Borges de Araujo, cabeça do casal de sua mulher dona Aracy Ribeiro dos Santos e Antônio Ribeiro dos Santos, que no dia 2 de Fevereiro ultimo, em sua residencia na Fazenda denominada ‘Serra Abaixo’, neste Municipio, faleceu o seu marido e pai Joaquim Ribeiro dos Santos (…) sem haver deixado dispositivos testamentário e deixando bens a serem inventariados e partilhados. Assim, vem, com o devido acatamento; requerer a V. Excia. Que se digne de mandar tomar o compromisso de inventariante a primeira suplicante, na pessoa de seu procurador infra assignado seguindo o inventario os demais termos legais. (…) Inhumas, 24 de Março de 1939 (…)”

E o inventário continua:

“Aos dezesete dias do mês de Abril de mil novecentos e trinta e nove nesta Cidade de Inhumas, Termo do mesmo nome, Comarca de Etaberai, Estado de Goiáz (…) compareceu o solicitador Jorge Joaquim, procuradores da inventariante, e dos bens deixados por falecimento de Joaquim Ribeiro dos Santos, deu a (?) os que adeante se seguem:

Moveis:
Um engenho de ferro estanho N.2, que ainda não esta montado.
Uma taxa velha, pequena.

Serventes:
Uma égua parida.
Um cavalo de cella.

Imóveis:
Uma pequena casa de morada aberta de telhas de madeira robusta e pau a pique, com quintal fechado a madeira branca e curral situada na fazenda Serra Abaixo neste município, havida por construção própria do inventariado.
70 alqueires de terras de cultura situados na fazenda Serra Abaixo neste Termo, havidos pelo inventariado por compra feita a Lizelizio Simoões de Lima e sua mulher, conforme escritura publica datada de quinze de Setembro de mil novecentos e trinta e sete, devidamente transcrita sob o numero novecentos e trinta e um do registro geral de imóveis deste Termo.

Em seguida disse o mesmo procurador solicitador Jorge Joaquim, que são somente estes os bens existentes e orientava dar à carregação qualquer outros que porventura tenha deixado de descrever e isto o faria antes do encerramento deste inventário. E para constar lavrei este auto que vai assinado pelo m.m. Juiz e pelo procurador do inventariante, do que dou fé. (…) “

Na avaliação dos bens, pode-se ler:

“Nós avaliadores abaixo assinador o primeiro publico e o segundo lavrado pelas partes interessadas, declaramos que em comprimento ao narrado texto, do Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz nos dirigimos a fazenda, e la encontrei a inventariante, Dona Amelia da Silveira Branquinho. Li o mandado e procedemos a avaliação:

1 Engenho de ferro n.2, velho. Avaliado em 800$–.
1 Taxa de ferro velha. Avaliada em 30:–.
1 Égua com um poltrinho, avaliado em 40:–
1 Cavalo velho, avaliado em 100:–
1 Casa de morada em pau a pic coberta a telhas e um curral, avaliado em 150:–
60 Alqueires de terra de cultora de 1a, avaliados em 360$000 o alqueire. 28:600–
10 Alqueires de terra de cultura de 2a, avaliados em 240$000 o alqueire. 2:400–
Soma Rs:25–

E nada mais encontramos damos por terminado. Inhumas, 28 de Abril de 1939.”

Já Amélia, veio a falecer em 26 de dezembro de 1975 em Rubiataba-GO, sem deixar bens a inventariar, sendo a causa da morte natural. Em sua certidão9 de óbito, pode-se ler:

“Certidão de Óbito

Nome: Amélia da Silveira Branquinho […]
Sexo: Feminino, Cor: Branca, Estado Civil e Idade: solteira, N/D do lar […]
Naturalidade: Araguari-MG […]
Residência e filiação: residente Município de Rubiataba/GO, filho(a) de José Bernardo Evangelho e Maria Silveira Branquinho.
Data e hora do falecimento: vinte e seis de dezembro de mil novecentos e setenta e cinco às 21:30hs […]
Local do falecimento: Em domicílio neste município de Rubiataba/GO.
Causa da morte: natural
Sepultamento […]: Cemitério local
Declarante: Lázaro Claudino da Silva [..]
Observações / Averbações: não deixou bens a inventarias. Deixou cinco filhos maiores. […]”

Foram filhos de Amélia da Silveira Branquinho e Joaquim Ribeiro dos Santos:

  1. ANTÔNIA (ANTONINHA) DA SILVEIRA RIBEIRO (Tia Fia) nasceu no dia 10 de agosto de 1908 e foi batizada no dia 16 de setembro do mesmo ano, com o nome de Antoninha, em Araguari-MG. Foram padrinhos Saturnino de Mendonça Ribeiro e Rita Angélica da Silveira.
  2. JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS nasceu no dia 27 de abril de 1910 e foi batizado aos 14 de agosto do mesmo ano em Araguari-MG. Foram padrinhos Antônio Jerônimo de Mendonça e Anna Rita de Jesus.
  3. ANTÔNIO nasceu no dia 19 de novembro de 1911 e foi batizado em 22 de abril de 1912 em Araguari-MG. Foram padrinhos Joaquim Ferreira Godoy e Lulmira Mendes de Paula.
  4. MARIA RIBEIRO DOS SANTOS nasceu no dia 3 de maio de 1913 e foi batizada em 15 de agosto do mesmo ano em Araguari-MG. Foram padrinhos Antônio Maranhão e Maria Candida de Deus.
  5. ARACIDES RIBEIRO DOS SANTOS, nasceu no dia 15 de abril de 1915 e foi batida em 16 de agosto do mesmo ano em Araguari-MG. Foram padrinhos Bernardino Ferreira de Godoy e Rita Fernandes da Silva. Foi batizada com o nome de Maria (por engano ou proposital). Aracides foi casada com João Borges de Araújo. O casamento ocorreu no dia 27 de julho de 1935 em Cumari-GO.
  6. ANTÔNIO RIBEIRO DOS SANTOS nasceu aos 19 de agosto de 1919 em Cumari-GO.
  7. LEARTINO RIBEIRO DO SANTOS (Tio Fiico), nasceu aos 7 de outubro de 1922 em Cumari-GO.
  8. OLANDA RIBEIRO DOS SANTOS, nasceu aos 20 de junho de 1924 em Cumari-GO.
  9. ESAÚ RIBEIRO DOS SANTOS, nasceu aos 14 de janeiro de 1927 em Cumari-GO.
  10. ELFRIDA RIBEIRO DOS SANTOS (Capítulo I – Um resumo de sua história).

Capítulo III – Os Avós

Antônio Ribeiro dos Santos Sobrinho e Placedina Maria de Jesus

Antônio Ribeiro dos Santos Sobrinho nasceu por volta de 1854, muito provavelmente na região que hoje corresponde aos municípios de Ituverava-SP e Igarapava-SP. Era filho de Domingos Ribeiro dos Santos e de Maria de Jesus do Nascimento.

Por parte de pai, Antônio tinha um tio homônimo, Antônio Ribeiro dos Santos, que também residiu na região de Igarapava-SP. É possível que o uso do sobrenome Sobrinho tenha surgido como forma de distinguir o tio e sobrinho no convívio social e nos registros da época, prática relativamente comum em contextos onde nomes repetidos eram frequentes dentro da mesma família.

Antônio se casou com Placedina Maria (Angelica) de Jesus, filha de José Francisco de Mendonça e de Anna Angélica do Nascimento. O casamento ocorreu muito provavelmente antes de 1874, data de nascimento estimado da primeira filha do casal de que se tem conhecimento. O casal morou na fazenda Cana Braba, nos arredores de Igarapava-SP.

A informação sobre o parentesco de ambos veio do registro de nascimento civil do filho Pedro, nascido no ano de 1878 em Igarapava-SP. No registro10 de nascimento civil, pode-se ler:

“No Duzentos e Quarenta e Tres
Aos oito de Dezembro de mil oitocentos e Setenta e oito nesta Villa de Santa Rita do Paraizo, comarca de Franca, Provincia de São Paulo, em meu Cartorio compareçeu ANTONIO RIBEIRO DOS SANTOS SOBRINHO em prezença das testemunhas abaixo assignadas declarou que no dia de Dezanove de Outubro do corrente anno em sua caza pelas onze horas do dia nasceu uma criança do sexo masculino, foi nascido na fazenda da Cana Braba, Filho legitimo de ANTONIO RIBEIRO DOS SANTOS SOBIRNHO e de sua mulher PLACEDINA MARIA DE JESUS, foi batizado com o nome de PEDRO, e por parte paterno DOMINGOS RIBEIRO DOS SANTOS e MARIA DE JESUS DO NASCIMENTO e por parte materna JOSÉ FRANCISCO DE MENDONÇA e ANNA ANGELICA DE JESUS, forão padrinhos Manoel da Silva Barboza Sobrinho e Dona Maria Angelica de Jesus do que para constar lavrei este termo e em que commigo assignarão o declarante e as testemunhas abaixo assignadas.
Eu José Feliz da Silva Prado Escrivão do Juizo de Paz [?]
José Feliz da Silva Prado
Antonio Ribeiro dos Santos Sobro
Ma André Ribeiro de Mendonça”

Assinatura de Antônio Ribeiro dos Santos Sobrinho no registro de nascimento civil do filho Pedro. Pode-se notar que a assinatura não é rustica ou mal feita, o que indica que Antonio teve boa alfabetização.

Além disso, como forma adicional de comprovação documental, no registro de casamento de sua filha primogênita, Maria Joanna de Jesus, informa que ela era parente em 3º grau e 2º grau misto de seu marido, Noé de Mendonça Ribeiro, filho de Jerônimo de Mendonça Ribeiro e Rita Angélica da Silveira. Pesquisas genealógicas indicam que ambos eram descendentes de André de Mendonça Ribeiro e de Silvéria Ferreira de Santo Antônio, sendo esse casal avós de Noé e bisavós de Maria Joanna de Jesus, o que comprova a informação contida no registro de casamento de ambos.

Antônio Ribeiro dos Santos Sobrinho veio a ser sepultado no dia 8 de março de 1889, em Igarapava-SP, com 35 anos de idade, tendo causa da morte uma febre intermitente. No seu registro11 de sepultamento, pode-se ler:

“Aos 8 dias do mez de Março (de 1889) foi sepultado ANTONIO RIBEIRO DOS SANTOS SOBRINHO, idade de 35 anos casado com D.a PLACEDINA MARIA DE JESUS. Não houve encomendação por não haver Padre; foi falecido de febre intermitente. O Secretario interino João Pereira Lima.”

Foram filhos de Placedina Angelica de Jesus e Antônio Ribeiro dos Santos:

  1. MARIA JOANNA DE JESUS, que teria nascido por volta de 1874, se casou com Noé de Mendonça Ribeiro, filho de Jerônimo Mendonça Ribeiro e de Rita Angélica de Jesus. O casamento foi celebrado na igreja matriz de Santa Rita do Paraíso, em Igarapava-SP, aos 24 de novembro de 1888. O registro de casamento indica que eles tinham parentesco de consanguinidade de 3o grau, misto em 2o, significando que o ancestral comum era bisavô(ó) de um e avô(ó) do outro. Essa informação pode estar um pouco incorreta. É mais provável que eles tinham consanguinidade de 4o grau, misto em 3o.
  2. ANNA, nascida aos 27 de outubro de 1876 e foi batizada aos 20 de novembro do mesmo ano em Igarapava-SP. Foram padrinhos Joaquim Paulino de Gouveia e D. Anna Esméria da Conceição.
  3. PEDRO, nascido aos 19 de outubro de 1878 e foi batizado aos 8 de novembro do mesmo ano em Igarapava-SP. Foram padrinhos Manoel da Silva Barboza Sobrinho e D. Maria Angelica de Jesus.
  4. JOAQUINA, nascida aos 26 de outubro de 1880 e foi batizada aos 21 de novembro do mesmo ano em Igarapava-SP. Foram padrinhos José Francisco de Mendonça e Anna Angelica de Jesus, seus avós maternos.
  5. CAROLINA, foi batizada aos 22 de novembro de 1883 em Igarapava-SP. Foram padrinhos João Antônio Vieira e Anna de Jesus.
  6. JOAQUIM RIBEIRO DOS SANTOS (Capítulo I – Os Pais).
  7. PATRICIA, nascida por volta de 1887. Faleceu aos 5 de abril de 1888 em Igarapava-SP.
  8. PETRONILA, nasceu por volta de janeiro de 1888 e foi batizada aos 4 de março de 1889, em Igarapava-SP. Foram padrinhos Joaquim Ribeiro dos Santos e Maria Joanna de Jesus.

José Bernardes Rangel e Maria Candida de Jesus

José Bernardes Rangel era filho de José Bernardes Corrêa Rangel e de Maria Lucinda da Silveira. Ele era muito natural da região entre Franca-SP et Igarapava-SP. Ele se casou com a sua sobrinha por parte de mãe, Maria Candida de Jesus (ou Angélica de Jesus, Candida Branquinho, da Silveira Branquinho), filha de João Damasceno Branquinho e Candida Maria da Silveira. Ela era também muito provavelmente natural da região entre Franca-SP e Igarapava-SP.

O casamento foi realizado aos 2 de abril de 1883, na Igreja Matriz de Santa Rita do Paraíso, em Igarapava-SP. No registro12 de casamento pode-se ler:

“Aos 2 de Abril 1883 com despença Apostolica, recebi em matrimonio a José Bernades Rangel, e Maria Candida de Jesus, elle filho dos finados José Bernardes Rangel e Maria Lucinda da Silveira, e ella filha de João Damaceno Branquinho e D. Candida Maria da Silveira, lhes dei as bençãos nupciais (?) Testemunhas foram José Francisco da Silveira, e João Candido Branquinho. O Vigr.° Angelo Petralha.”

Após o casamento, José Bernardes Rangel e Maria Angélica de Jesus estabeleceram nos arredores de Rifaina-SP, região onde foram localizados registros de batismo de alguns afilhados do casal, o que evidencia seus vínculos comunitários e religiosos. No entanto, chama a atenção a ausência de registros de batismo de filhos próprios nesse período, algo atípico para a época. Era comum que, logo após o casamento, os casais tivessem filhos em intervalos regulares, frequentemente a cada dois anos, o que, neste caso, não se verificou.

Por volta de 1899, o casal migrou para o estado de Minas Gerais. Essa mudança provavelmente foi viabilizada pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que, à época, havia recém-inaugurado o trecho ferroviário ligando o interior paulista a Araguari-MG.

É a partir desse momento que José Bernardes Rangel e Maria Angélica de Jesus começam a aparecer nos registros paroquiais da freguesia de Nossa Senhora da Cana Verde, atual Araguari-MG, sinalizando o início de sua fixação no território mineiro e o fortalecimento de sua presença na comunidade local.

Foram filhos de Maria Angélica de Jesus e de José Bernardes Rangel:

  1. AMÉLIA DA SILVEIRA BRANQUINHO (Capítulo II – Os Pais).
  2. JERONYMO, nasceu aos 1 de agosto de 1899 e foi batizado aos 5 de novembro do mesmo ano. Foram padrinhos Américo de Mendonça Ribeiro e Maria Lucinda da Silveira.
  3. IZAU, foi batizado aos 9 abril de 1901 e foi batizado no dia 21 de maio do mesmo ano. Foram padrinhos João Fernandes Rangel e Rita Candida do Nascimento.
  4. JOSÉ PRIMO, nasceu aos 11 de janeiro de 1904 e foi batizado aos 31 de março do mesmo ano. Foram padrinhos Joaquim Ribeiro de Mendonça e Anna Angélica de Oliveira.

Capítulo IV – Os Bisavós

Domingos Ribeiro dos Santos e Maria de Jesus do Nascimento

Domingos Ribeiro dos Santos nasceu no dia 12 de fevereiro de 1830 e foi batizado no dia 12 de abril do mesmo ano, na Capela do Carmo em Franca-SP. Ele era filho de Joaquim Ribeiro dos Santos e de Joaquina Roza da Silveira (de Oliveira). No seu registro13 de batismo, pode-se ler:

“Aos doze de Abril de mil oito centos e trinta annos na Capela do Carmo o Padre Joze Joaquim Teixeita baptizou e poz os Santos Olios a DOMINGOS de doiz meses filho legitimo de JOAQUIM RIBEIRO DOS SANTOS e de JOAQUINA ROZA DA SILVEIRA. Padrinhos Joze Ferreira de Menezes e sua mulher Anna Roza da Silva todos desta Freguesia. O Vigr.o Encardo Manoel Coelho Vital”

Domingos se casou com Maria de Jesus do Nascimento. O casamento foi realizado após o ano de 1848, pois Domingos consta como solteiro no censo realizado no mesmo ano na região de Franca-SP. O casamento deve ter acontecido em Igarapava ou Ituverava, já que não foi encontrado nenhum registro de casamento em Franca-SP.

Foram filhos de Maria de Jesus do Nascimento e Domingos Ribeiro dos Santos:

  1. ANTÔNIO RIBEIRO DOS SANTOS SOBRINHO (Capítulo III – Os Avós).
  2. (A CONFIRMAR) JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS, nascido por volta de 1860. Ele se casou com Antônia da Silva Pereira, filha de Antônio da Silva Pereira e de Maraia Luiza de Jesus, aos 22 de maio de 1916, em Igarapava-SP.

José Francisco de Mendonça e Anna Angélica de Jesus

José Francisco de Mendonça nasceu no dia 25 de novembro de 1828 e foi batizado no dia 25 de dezembro do mesmo ano, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Ele era filho de André de Mendonça Ribeiro e de Silvéria Ferreira de Santo Antônio. No seu registro14 de batismo, pode-se ler:

“Aos vinte e sinco de Dezembro de mil oito centos e vinte oito annos nesta Matriz de Franca baptizei e pus os Sanctos Olios a JOZE de hum mez, filho legitimo de ANDRÉ DE MENDONÇA RIBEIRO e de SILVERIA FERREIRA DE SANCTO ANTONIO Padrinhos Zeférino Paula Silva e sua mulher Rita Angelica de Jesus todos desta freguezia. O Coadjor Manoel Coelho Vital”

José Francisco de Mendonça se casou com Anna Angélica de Jesus. O casamento deve ter acontecido em Franca-SP, onde vários registros de batismo dos filhos foram encontrados.

Ainda estavam vivos no ano de 1880, quando foram padrinho e madrinha da neta Joaquina, filho de Antonio Ribeiro dos Santos Sobrinho e de Placedina Maria de Jesus.

Foram filhos de Anna Angélica de Jesus e José Francisco de Mendonça:

  1. PLACEDINA MARIA DE JESUS (Capítulo III – Os Avós).
  2. CHRISTINO DE MENDONÇA RIBEIRO, nasceu no dia 30 de julho de 1865 e foi batizado aos 20 de agosto do mesmo ano na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos José de Mendonça Ribeiro e Anna Constância do Espírito Santo. Ele se casou com Maria Clara da Conceição.
  3. JOÃO, nasceu no dia 5 de agosto de 1867 e foi batizado aos 26 do mesmo mês e ano na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Joaquim Paula Coelho, da freguesia de Franca e Maria das Dores Alves Ferreira, moradora na freguesia de Batatais.
  4. ANTÔNIO, nasceu no dia 19 de outubro de 1869 e foi batizado aos 15 de novembro do mesmo ano na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos José Francisco de Paula e Anna Roza de Jesus, todos da freguesia de Franca-SP.
  5. JOAQUIM.
  6. JOAQUINA.
  7. MARIA.

José Bernardes Corrêa Rangel e Maria Lucinda da Silveira

José Bernardes Corrêa Rangel era natural da freguesia de N.S. da Conceição de Aiuruoca, Bispado de Mariana, atual Aiuruoca-MG. Ele foi batizado aos 18 de maio de 1812 na Igreja Matriz da cidade sendo filho de Manoel Corrêa Rangel e de Maria Antonia do Sacramento. No seu registro15 de batismo, pode-se ler:

“Aos dezoito de Maio de mil oito centos e doze annos nesta Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição da Aiuruoca, o Padre Francisco Joze Augustiniano baptizou e pôs os Sanctos oleos a JOZÉ, inocente, filho legitimo do Capitão MANOEL CORREA RANGEL, e de Dona MARIA ANTONIA DO SACRAMENTO: forão Padrinhos o Ajudante Bernardo Joze Pimenta, morador na Villa de Campanha, e Dona Maria Claudina Villela, casada com o Capitão José Esau dos Santos e para constar fiz este assento que assignei. O Vigr.o J.e de Abreu e S.”

Ele se casou primeiramente com Francisca Angelica da Silveira, natural da freguesia de Congonhas, Bispado de Mariana, atual Congonhas-MG, nascida por volta de 1813. Ela era filha de Francisco de Paula Silveira e de Lucinda Ferreira de Barcellos. O casamento foi celebrado na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP aos 7 de janeiro de 1832, as dez horas da manhã. No registro16 do primeiro casamento, pode-se ler:

“Aos sete de Janeiro de mil oito centos e trinta e dois annos nesta Matriz de Franca as dez horas do dia feitas as admoestações Canonicas sem resultar em impemento algum com Palavras do Reverendo Vigario da Vara Joaquim Martins Rodrigues e em prezença do dito se receberão em Matrimonio com palavras de presente JOZE BERNARDES CORREIA, natural da Iuruoica, Bispado de Mariana, filho legitimo do Capitão MANOEL CORREIA RANGEL e Dona MARIA ANTONIO DO SACRAMENTO, e FRANCISCA ANGÉLICA DA SILVEIRA, natural de Congonhas do dito Bispado, filha legitima de FRANCISCO DE PAULA SILVEIRA e de LUCINDA FERREIRA DE BARCELOS, e logo lhes conferio as Benções Nupciais em forma de Ritual Romona. Testemunhas Heito Ferreira de Barcelos e Miguel Gomes Gaia, cazados todos desta Freguesia. O Vigario MAnoel Coelho Vital”

Francisca Angélica da Silveira veio a falecer aos 28 de janeiro de 1840, com 27 anos de idade, em Franca-SP. No seu registro17 de sepultamento, pode-se ler:

“Aos vinte e oito dias do mez de Janeiro de mil oitocentos e quarenta annos nesta Frequezia falecêo sem Sacramentos FRANCISCA ANGELICA DA SILVEIRA de idade vinte e sette annos cazada, com JOZE BERNARDES CORREIA RANGEL; seo corpo envolto em pano preto jaz no Simiterio da Soledade desta Freguezia. O Vigr.o Pedro Celestino Dias Fonsêca”

Foram filhos de Francisca Angélica da Silveira e José Bernardes Corrêa Rangel:

  1. MARIA FRANCISCA DA SILVEIRA, nasceu aos 21 de fevereiro de 1835 e foi batizada aos 1 de março do mesmo ano, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Joaquim Silvério Correia e Silvéria Ferreira do Sacramento, todos de Franca-SP. Ela se casou com Antônio Alves Ferreira, filho de Dominicano Alves Ferreira e de Francisca Maria De Jesus. O casamento ocorreu aos 31 de maio de 1848 em Igarapava-SP.
  2. DINAH CAROLINA DA SILVEIRA, nasceu aos 2 de agosto de 1835 e foi batizada aos 2 de outubro do mesmo ano, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Francisco de Paula Silveira e sua mulher Lucinda Ferreira de Barcellos, avós maternos. Se a data de nascimento contida no registro estiver exata, Dinah deve ter nascido prematura. Ela se casou com João de Arantes Marques.
  3. CAROLINA BALBINA DA SILVEIRA, nasceu aos 15 de dezembro de 1837 e foi batizada aos 15 de abril de 1838, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Francisco de Arantes Marques e sua mulher Maria Joaquina do sacramento, da freguesia de Cana Verde. Ela se casou com Francisco de Arantes Marques.

Após a morte de sua primeira esposa em 1832, José Bernardes Corrêa Rangel se casou por uma segunda vez, agora com Maria Lucinda da Silveira, irmã de sua primeira esposa, filha de Francisco de Paula Silveira e de Lucinda Ferreira de Barcellos. Ela era natural de Franca-SP, nasceu aos 25 de outubro de 1822 e foi batizada no dia 25 de dezembro do mesmo ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. No seu registro18 de batismo, pode-se ler:

“Aos vinte e cinco do mez de Dezembro de mil e oito Centos, e vinta, e dois annos nesta Matriz da Franca baptizei, e puz os Sanctos Oleos a MARIA, de dois mezes, filha legitima de FRANCISCO DE PAULA SILVA e LUCINDA FERREIRA DE BARCELLOS. Padrinhos Manoel de Mendonça Ribeiro e sua mulher Maria Angelia de Jesus, todos desta Freguesia.”

O casamento foi celebrado as onze horas da manhã do dia 25 de julho de 1840 na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. No registro19 do segundo casamento, pode-se ler:

“Aos vinte e sinco dias do mez de julho de mil oito centos e quarenta annos nesta Matriz da Franca feitas as Admoestações Canonicas e não havendo impedimento com provisão do Rev. digo pelas onze horas do dia em presença do Reverendo Manoel Coelho Vital de licença minha se receberão em Matrimonio os Contraentes JOZE BERNARDES RANGEL, viuvo por obito de FRANCISCA ANGELICA DA SILVEIRA sepultada no Simiterio da soledade desta Freguezia; e MARIA LUCINDA d’Oliveira, digo da SILVEIRA natural desta Freguezia filha legitima de FRANCISCO DE PAULA SILVEIRA e de LUCINDA FERREIRA DE BARCELLOS, e dei lhes as Benções Nupciais na forma do Ritual Romano sendo testemunhas presentes Manoel de Mendonça Ribeiro e Silverio Corrêa Rangel e para constar faço este assento. O Vigr.o Pedro Celestino Dias Foncêca.”

No censo de 1848 realizado na região de Franca, informa que José e a família moravam no 5o quarteirão. No documento20, pode-se ler:

“[…] 795 Joze Bernardes Correia Rangel
796 Maria Lucinda
797 Maria
798 Dina
799 Baldoina
800 Joaquina
801 Roldão
802 Candida
803 Francisco […]”

A partir do ano de 1863, José Bernardes Corrêa Rangel é citado em diversos registros de batismo e de casamento nos livros paroquiais da freguesia Santa Rita do Paraíso, em Igarapava-SP, relativos aos seus escravos e em alguns outros, sendo padrinho de escravos de outras pessoas.

Em novembro 1863, temos o batismo de João, filho de Joaquim e Emerenciana, escravos de José Bernardes Corrêa Rangel. No registro21 de batismo, pode-se ler:

“Aos onze de Novembro de 1863 baptizei solenemente JOÃO de um mez filho de JOAQUIM e EMERENCIANA escravos de JOZE BERNARDES: forão Padrinhos Joze Joaquim Branquinho, e Maria Luiza. E para constar faço este assento. O Pe Zeferino Baptista Carmo”

no mesmo mesmo dia, temos o batismo de Maria, filha de Manoel e Leonor, escravos de José Bernardes Corrêa Rangel. No registro22 de batismo, pode-se ler:

“Aos onze de Novembro de 1863 baptizei solenemente MARIA de um mez filha de MANOEL e LEONOR escravos de JOZE BERNARDES CORREIA: forão Padrinhos Antonio Ignacio, e Maria Roza. E para constar faço este assento. O Pe Zeferino Baptista Carmo”

Em 1865, osé Bernardes Corrêa Rangel é citado em um registro de casamento de Matthias Bernardes, escravo liberto pelo próprio José, com Joaquina Rangel, escrava de Roldão Bernardes Rangel, provavelmente seu filho. No registro de casamento, pode-se ler:

“Aos dez de Septembro de 1865 nesta Igreja de Santa Rita do Paraíso […] contrairão MANOEL, e ANGELICA, escravos de JOZE BERNARDES CORRÊA RANGEL […]”

Em 1867, temos o batismo de Hermenegilda, filha de Joaquim e Emerenciana, escravos de José Bernardes Corrêa Rangel. No registro23 de batismo, pode-se ler:

“Aos sette de Julho de 1867 baptizei solenemente a HERMENEGILDA de dois mezes, filha de JOAQUIM, e EMERENCIANNA, escravos de JOZE BERNARDES CORREIA: PP. Michelino de Paula Silveira e Constancia Angelica da Silveira. E para constar faço este assento. O Pe Carmo”

Em 1885, já falecido, José Bernardes Corrêa Rangel é citado em um registro de casamento de Matthias Bernardes, escravo liberto pelo próprio José, com Joaquina Rangel, escrava de Roldão Bernardes Rangel, provavelmente seu filho. No registro24, de casamento pode-se ler:

“Aos sete de Fevereiro de mil oito centos e oitenta e cinco, na Matriz da Franca […] receberam-se em matrimonio Matthias Bernardes e Joaquina Rangel; elle, escravo liberto pelo finado JOSÉ BERNARDES RANGEL, e ella escrava de Roldão Bernardes Rangel; aquelle, Africano, esta Brazileira. […]”

José Bernardes Corrêa Rangel e Maria Lucinda da Silveira faleceram antes de 1883, pois, constam falecidos na data do casamento do filho José.

Foram filhos de Maria Lucinda da Silveira e de José Bernardes Corrêa Rangel:

  1. ROLDÃO BERNARDES DE ANDRADE (RANGEL), nasceu por volta de 1842. Ele se casou com Maria Francisca de Almeida, filha de João Venâncio de Moraes e de Maria de Almeida Ramos, aos 22 de novembro de 1862 na Igreja Matriz de Santa Rita do Paraíso, em Igarapava-SP. Ao que tudo indica, se casou uma segunda vez com, por volta de 1877, com Carolina Cândida Branquinho, filha de João Damasceno Branquinho (Júnior) com a sua primeira esposa, Anna Candida de Jesus. Roldão veio a falecer aos 14 de novembro de 1912, com 70 anos de idade, na cidade de Rifaina-SP.
  2. CANDIDA MARIA DA SILVEIRA (Capítulo IV – Os Bisavós).
  3. JOAQUINA, nasceu aos 18 de agosto de 1846 e foi batizada no dia 1 de outubro do mesmo ano, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP.
  4. FRANCISCO BERNARDES RANGEL, nasceu aos 28 de fevereiro de 1847 e foi batizado no dia 28 de abril do mesmo ano, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Francisco de Paula Silveira, avô materno, e Maria das Neves de Jesus, casados, todos de Franca-SP. Ele se casou com Anna Francisca do Patrocínio, filha de Anna Candida das Neves e de pai desconhecido, aos 15 de junho de 1880 em Igarapava-SP.
  5. ANNA ANGÉLICA DA SILVEIRA, foi batizado no dia 24 de junho de 1850, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos João Damasceno Branquinho (Junior) e sua primeira esposa Anna Candida de Jesus, todos de Franca-SP. Ela se casou com Silvestre de Mendonça Ribeiro, filho de André de Mendonça Ribeiro e de Silvéria Ferreira de Santo Antônio, aos 31 de agosto de 1865, em Igarapava-SP. O casal migrou para Minas Gerais (Araguari-MG) em meados de 1899, junto com seu irmão, José Bernardes Rangel e família.
  6. MARIA DA LUZ RANGEL, se casou com Michelino de Paula Silveira, filho de Antônio de Paula Silva e de Joaquina Angélica da Silveira, aos 23 de janeiro de 1872, em Igarapava-SP.
  7. JOÃO FERNARDES (BERNARDES) RANGEL, nasceu aos 11 de outubro de 1863 e foi batizado no dia 11 de novembro do mesmo ano, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Roldão Bernardes de Andrade e Candida Maria da Silveira.
  8. JOSÉ BERNARDES RANGEL (Capítulo III – Os Avós).
  9. CAROLINA MARIA DA SILVEIRA, ela se casou com Magdaleno de Oliveira Soares, filho de João da Silveira Soares e de Maria do Carmo de Jesus, aos 14 de novembro de 1870, em Franca-SP.

João Damasceno Branquinho Júnior e Candida Maria da Silveira

João Damasceno Branquinho Júnior era natural da freguesia de Sant’Anna de Lavras, atual Lavras-MG, sendo batizado aos 2 de agosto de 1821. Ele era filho de João Damasceno Gomes Branquinho e de Joaquina Antônia da Silva. No registro25 de batismo, pode-se ler:

“Aos dois dias do Mez de Agosto de mil e oito sentos e vinte hum O Rmo Andre Martin Ferra batizou solenemente a JOÃO inocente Filho legitimo do Capm JOÃO DAMACENO BRANQUINHO e Dona JOAQUINA ANTONIA DA SILVA. forão Padrinhos o Capm José Alves de Figueiredo e Candida Viceria Branquinho. E Para consta faço este asento que asigno. O Vigro Francisco de Paula Dinis”

Ele se casou primeiramente com Anna Candida de Jesus, nascida por volta de 1821 e provavelmente natural da região de Lavras-MG, onde também deve ter ocorrido o casamento, realizado antes de 1844. Anna veio a falecer de mal-estar interior com 36 anos, aos 19 de dezembro de 1857 em Igarapava-SP. No registro26 de sepultamento, pode-se ler:

“Aos dezenove de Dezembro de mil oito centos e sincoenta sette sepultou-se no Cemiterio desta Freguesia ANNA CANDIDA, cazada com JOÃO GOMES BRANQUINHO, que faleceo de Mal estar interior com trinta e seis annos de idade; para constar faço este assento. O Pe Zeferino Baptista Carmo”

Foram filhos de Anna Candida de Jesus e João Damasceno Branquinho:

  1. ANNA RICARDA BRANQUINHO, nascida aos 7 de fevereiro de 1844 e foi batizada aos 5 de março de 1844 na igreja Matriz de Santo Antônio do Amparo, atual municipio mineiro de mesmo nome. Foram padrinhos Capitão João Damasceno Branquinho, avô paterno, e Mafalda Carolina da Silva. Ela se casou com Theodoro Venâncio de Carvalho, filho de Francisco Theodoro Venâncio de Carvalho e de Delfina Eleuteria de Oliveira e Cunha, aos 2 de agosto de 1858 em Franca-SP.
  2. JOAQUINA CANDIDA BRANQUINHO, nasceu aos 20 de dezembro de 1845 e foi batizada aos 15 de janeiro de 1846 na Oratório da Boa Vista, freguesia de Sant’Anna de Lavras, Lavras-MG. Foram padrinhos o Alferes João Felisberto Rodrigues Lara e Joaquina Antonia da Silva, avó paterna. Ela se casou com Manoel Martins Ferreira Costa, filho de André Martins Ferreira Costa e de Ana Euzébia Carolina Diniz, aos 1 de maio de 1861 e, Igarapava-SP. Ela veio a falecer aos 26 de dezembro de 1910 em Pedregulho-SP.
  3. MAFALDA CAROLINA BRANQUINHO, se casou com Francisco Alves Junqueira, filho de Antônio Glauceste Junqueira e de Ignácia Justina Alves, aos 16 de janeiro de 1865, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foi o segundo casamento de Francisco.
  4. MARIA CANDIDA BRANQUINHO, se casou com Augusto Cesário Ferreira de Souza, filho de João Batista de Souza Diniz e de Urbana Carolina Branquinho, aos 17 de outubro de 1866, na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP.
  5. CAROLINA CANDIDA BRANQUINHO, nasceu aos 10 de fevereiro de 1854 e foi batizada aos 22 de março do mesmo ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos José Joaquim Gomes Branquinho e sua mulher Maria Luiza Branquinho, todos de Franca-SP. Ela se casou com Roldão Bernardes de Andrade, filho de José Bernardes Corrêa Rangel e Maria Lucinda da Silveira.
  6. ANTÔNIA, nascida aos 19 de julho de 1856 e foi batizada aos 19 de novembro do mesmo ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos José Francisco da Silveira e Maria Joanna da Silveira.

Após a morte de sua primeira esposa Anna Candida de Jesus, João Damasceno Branquinho Júnior se casou com Candida Maria da Silveira, filha de José Bernardes Corrêa Rangel e de Maria Lucinda da Silveira. Ela nasceu no dia 27 de julho de 1844 e foi batizada aos 17 de novembro do mesmo ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. No seu registro27 de batismo, pode-se ler:

“Aos dezasete de Novembro de mil oito centos e quarenta e quatro nesta Freguezia de Franca, O Reverendo Zeferino Baptista Carmo, baptizou e os Santos Oleos a CANDIDA de tres mezes e vinte e hum dias filha legitima de JOZÉ BERNARDES CORREIA RANGEL e MARIA LUCINDA DA SILVEIRA, Padrinhos Silverio Correia Rangel, e Maria Clementina de Castilha, cazados, todos desta Freguezia. O Vigr.o Joaqm Miz Roiz”

O casamento foi celebrado aos 19 de janeiro de 1858, as 10 horas da manhã, na Igreja Matriz de Santa Rita do Paraíso, em Igarapava-SP. No registro28 de casamento, pode-se ler:

“Aos dezenove de Janeiro de mil oito centos e sincoenta e oito nesta Igreja de Santa Ritta do Paraiso, pelas dez horas do dia assisti o matrimonio, que contrairão JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO JUNIOR, viuvo, e CANDIDA CAROLINA DA SILVEIRA, e lhe dei as bençãos nupciais sendo testemunhas Antonio Correia Rangel e Camillo Joze Gomes; e para constar faço este assento. O Pe Zeferino Baptista Carmo”

A partir do ano de 1872, João Damasceno Branquinho é citado em diversos registros nos livros paroquiais em Igarapava-SP e Rifaina-SP, relativos aos seus escravos.

No dito ano, temos o batismo de Ricardo, filho Marcolino e Januária, escravos de João Damasceno Branquinho Júnior. No registro29 de batismo, pode-se ler:

“Aos 24 de Junho de 1872 na Capella de Santo Antonio da Rifaina […] baptizou a RICARDO, nascido a treis de Abril do corrente, filho legitimo de MARCULINO, e JANUARIA, escravos e JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO, por quem lhe foi feita, escrita a indicação do dia de nascimento e do baptizado livre […]”

No registro seguinte, no mesmo dia, mês e ano, foi batizada Dorothea, filha natural de Julia, escrava de João Damasceno Branquinho Júnior. No registro30 de batismo, pode-se ler:

“Aos 24 de Julho de 1872 na Capella de Santo Antonio da Rifaina […] baptizou a DOROTHEA, filha natural de JULIA, escrava e JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO, por quem lhe foi feita a indicação de ter nascido o menino livre a 3 de Junho do corrente […]”

Um fato interessante observado nos registros acima é que ambos os indivíduos já nasceram livres, em virtude da sanção da Lei do Ventre Livre31, de 28 de setembro de 1871. De acordo com essa legislação, as crianças nascidas de mulheres escravizadas após a promulgação da referida lei ficavam sob a responsabilidade dos senhores de suas mães, os quais eram obrigados a criá-las até os oito anos de idade. Ao completarem essa idade, o senhor poderia optar por entregá-las ao Estado, mediante indenização, ou mantê-las sob sua tutela, usufruindo de seus serviços até que atingissem os 21 anos.

Embora os registros de batismo que se seguem tenham sido lavrados após a entrada em vigor da Lei do Ventre Livre, não há neles menção explícita ao nascimento livre dos recém-nascidos. Ainda assim, é razoável supor que todas as crianças mencionadas também tenham nascido livres, conforme estabelecido pela legislação vigente à época.

Em novembro 1875, temos o batismo de Gregório, filho de Januária, escrava de João Damasceno Branquinho Júnior, transcrito nos livros paroquiais de Igarapava-SP. No registro32, pode-se ler:

“Aos vinte, e oito de Fevereiro de mil oito centos, e setenta, e cinco na Capella da Rifana […] baptizou […] GREGORIO, prêto, nascido a onze do mesmo mez, filho natural de JANUARIA, escrava de JOÃO DFAMASCENO BRANQUINHO […]”

No mesmo ano e local, temos o batismo de Cecilia, filha de Faustino e Eva, escravos de João Damasceno Branquinho Júnior. No registro33 de batismo, pode-se ler:

“Aos quatoze de Outubro de mil oito centos e setenta e cinco nesta Matriz de S. Rita do Paraíso, baptizou […] CECILIA, filha legitima de FAUSTINO E EVA, escravos de JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO, nascida aos 25 de Septembro deste anno […]”

No ano de 1878, temos o batismo de Jannacia, filha de Valentim e Delfina, escravos de João Damasceno Branquinho Júnior. No registro34 de batismo, pode-se ler:

“No mesmo dia, B.S. a JANNACIA nascida a 29 de 9bro […] f. le de VALENTIM e DELFINA, escravos de JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO […]”

No ano de 1882, temos o batismo de Getrude, filha natural de Theodora, escrava de João Damasceno Branquinho Júnior. No registro35 de batismo, pode-se ler:

“Aos 13 de Agosto de 1882 baptizei a GERTRUDE, de 20 dias preta filha de THEODORA, escrava de JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO […]”

No mesmo ano de 1882, temos o óbito de Luzia, escrava de João Damasceno Branquinho Júnior. No registro36 de sepultamento, pode-se ler:

“Aos 4 de Julho de 1882 falleceu LUZIA escrava de JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO, cuja escrava era cazada com JOAQUIM e foi sepultada no Cemiterio de S. Antonio de Rifaina […]”

No ano de 1883, temos o batismo de Leocádio, filho de Faustino e Eva, escravos de João Damasceno Branquinho Júnior. No registro37 de batismo, pode-se ler:

“Aos vinte e cinto de Dezembro de mil oito centos e oitenta e três, baptizou […] LEOCADIO, de idade de vinte e trez dias, filho legitimo de FAUSTINO, e EVA, crioulos, escravos de JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO […]”

No ano de 1888, temos o casamento de Pedro e Marcia, sendo o noivo, ex-escravo de João Damasceno Branquinho Júnior. No registro38 de casamento, pode-se ler:

“Aos vinte e quatro de Junho de mil oitocentos e oitenta e oito, na Capella Curada de S. Anto da Rifaina, pelas duas horas da tarde, […] receberão em matrimonio por palavras de presente, PEDRO FER.A e MARCIA FELIZARDA DE JESUZ, aquele viuvo por obito de sua mulher RITA, ex escravo de JOÃO DAMASCENO BRANQUINHO, esta ex esca de Joana Maria de Jesus. […]”

O casal ainda estava vivo no ano de

Foram filhos de Candida Carolina da Silveira e João Damasceno Branquinho:

  1. JOAQUINA ANTÔNIA BRANQUINHA, nasceu aos 11 de agosto de 1863 e foi batizada aos 11 de novembro do mesmo ano em Igarapava-SP. Foram padrinhos José Bernardes Corrêa Rangel, avô materno, e Joaquina Antônia da Silva. Ela se casou com Leopoldo Alves Ferreira, filho de Antônio Alves Ferreira e de Maria Francisca da Silveira, aos 6 de outubro de 1880 em Igarapava-SP.
  2. JOSÉ, nasceu aos 26 de julho de 1865 e foi batizado aos 26 de outubro do mesmo ano em Franca-SP. Foram padrinhos José Joaquim Gomes Branquinho e de Maria Luiza Branquinho, todos de Franca-SP.
  3. JOAQUIM, nasceu aos 5 de março de 1868 e foi batizado aos 5 de julho do mesmo ano em Franca-SP. Foram padrinhos José Joaquim Gomes Branquinho e de Maria Luiza Branquinho, todos de Franca-SP. Foram padrinhos por procuração Antônio Alves Ferreira e sua mulher Maria Francisca da Silveira.
  4. MARIA CANDIDA DE JESUS (Capítulo III – Os Avós).
  5. ANTÔNIO, nasceu aos 10 de março de 1878 e foi batizado aos 6 de maio do mesmo ano na Capella de Santo Antônio de Rifaina-SP. Foram padrinhos Francisco Bernardes Rangel e Rosalina Maria do Carmo.
  6. CANDIDA, foi batizada aos 13 de junho de 1882 na Capela de Santo Antônio de Rifaina-SP. Foram padrinhos Miguelino de Paula Silveira e Maria Candida Branquinho. Ela se casou com João Antônio de Paula, filho de Francisco Antônio de Paula e Silveria Rita de Jesus, aos 20 de janeiro de 1902 em Igarapava-SP.

Capítulo V – Os Trisavós

Joaquim Ribeiro dos Santos e Joaquina Roza da Silveira

Joaquim Ribeiro dos Santos era natural da freguesia do Inficionado, Bispado de Mariana, atual município de Santa Rita Durão-MG. Seu registro de batismo foi encontrado nos registros paroquiais da Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Mariana-MG. Ele foi batizado aos 12 de junho de 1796 e era filho de José Ribeiro dos Santos e de Joanna Umbelina Roza Fernandes. No seu registro39 de batismo, pode-se ler:

“Aos doze de Junho de mil Sette Centos e noventa e Seis de Licença o Pe Mel Frco da Conceição baptizou e poz os Santos Oleos em JOAQUIM ? filho legitimo de JOZE RIBRO DOS SANTOS, e de JOAQUINA UMBELINA ROZA, foi matrinha Marcelina Roza de Jesus de que diz este assento. O Coad Anto João Roiz Pimentel”

Ele se casou com Joaquina Roza da Silveira, nascida por volta de 1806 e natural da freguesia de Congonhas do Campo, Bispado de Mariana, atual município de Congonhas-MG. Ela era filha de Francisco de Paula e Silva e de Maria Joanna da Silveira. O casamento foi celebrado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP no dia 16 de janeiro de 1822, ao meio-dia. No registro40 de casamento, pode-se ler:

“Aos dezaseis do mez de Janeiro de mil oito centos e vinte dois annos nesta Matriz da Franca ao meio dia feitas as ? canonincas sim impedimento algum com Provizão do Reverendo Vigádio da Cura Joaquim Martins Rodrigues, e na presença do Reverendo Manuel Gonçalves Cintra de licença minha receberão em Matrimonio por palavras de prezente JOAQUIM RIBEIRO DOS SANTOS, natural da Freguezia do Inficionado, Bispado de Marianna, filho legitimo de JOZE RIBEIRO DOS SANTOS, e de JOANNA UMBELINA ROZA, e JOAQUINA ROZA DA SILVEIRA, natural da Freguesia de Congonhas do Campo do mesmo Bispado, filha legitima do Alferes FRANCISCO DE PAULA SILVA, falecido, e de MARIA JOANNA DA SILVEIRA, e logo lhes confirio as Benções Nupciais na forma do Ritual Romano. Forão testemunhas o Reverendo Miguel Martins de Souza e Joze de Paula Silva, cazado, todos desta Freguesia. O Vigro Joaqm Miz Rz”

Joaquim e sua família aparecem no censo de 1848 realizado na região de Franca-SP. No documento41, pode-se ver:

“[…] JOAQUIM RIBEIRO DOS SANTOS
JOAQUIN ROZA DE OLIVEIRA
FRANCISCO RIBEIRO
DOMINGOS RIBEIRO
JOAQUIM RIBEIRO JUNIOR
BALBINA MARIA
JOSÉ RIBEIRO
JOSÉ MANUEL NETO
ANTONIO RIBEIRO
MOYSÉS RIBEIRO
MARIA THEREZA
JOZE
ALEXANDRINA […]”

Joaquina Roza da Silveira provavelmente faleceu antes de 1848, uma vez que não é mencionada no censo desse ano ao lado do marido. A partir desse período, Joaquim Ribeiro dos Santos passa a aparecer em diversos registros como casado com outra esposa, Joaquina Francisca de Oliveira. No entanto, ainda não é possível afirmar essa transição com total certeza, pois não foram localizados nem o registro de óbito de Joaquina Roza da Silveira, nem o eventual registro de novo casamento de Joaquim — o que também levanta a possibilidade de tratar-se de um homônimo que vivia na mesma região.

Um elemento que pode reforçar essa hipótese é o registro de casamento de seu filho, Francisco Ribeiro dos Santos, datado de 1862, no qual a mãe não é mencionada como falecida, informação que, se fosse conhecida à época, provavelmente constaria no documento com algum grau de precisão. Vale destacar que, nessa mesma época, o suposto Joaquim Ribeiro dos Santos, agora casado com Joaquina Francisca de Oliveira, já havia tido diversos filhos com a nova esposa.

Foram filhos de Joaquina Roza da Silveira e Joaquim Ribeiro dos Santos:

  1. FRANCISCO RIBEIRO DOS SANTOS, nasceu por volta de 1823. Ele se casou primeiramente com Joanna Florinda da Silva. Ele se casou em seguida com Maria Ferreira de de Menezes, filha de José Jacob Ferreira e de Maria Ferreira de Menezes, aos 8 de maio de 1862 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP.
  2. ANNA ROSA DA SILVEIRA, nasceu aos 2 de junho de 1824 e foi batizada aos 24 do mesmo mês e ano na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos João de Paula e Silva, viúvo, e Joanna Umbelina Roza, casada, todos de Franca-SP. Ela se casou com Gabriel Nogueira Villela, filho de José Machado Baptista e de Maria Clara Gonçalves Nogueira, aos 5 de novembro de 1839, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP.
  3. MANOEL RIBEIRO DOS SANTOS, nasceu aos 27 de fevereiro de 1826 e foi batizado aos 27 de março do mesmo ano na Capela do Carmo, Franca-SP. Foram padrinhos Zeferino de Paula e Silva e Thomazia Angélica da Silva, solteiros. Ele se casou com Anna Rosa da Silveira, filha de Manuel de Paula e Silva e de Francisca Antônia Xavier, aos 29 de maio de 1844, na capela do Carmo em Missões, Franca-SP.
  4. MARIA JOANNA DA SILVEIRA, nascida por volta de 1828. Ela se casou com seu primo de primeiro grau, José de Paula e Silva, filho de Manoel de Paula e Silva e de Francisca Antônia Xavier, aos 10 de janeiro de 1841, na Igreja Matriz de Igreja Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP.
  5. DOMINGOS RIBEIRO DOS SANTOS (Capítulo IV – Os Bisavós).
  6. JOAQUIM RIBEIRO DOS SANTOS, nascido aos 23 de fevereiro de 1832 e foi batizado aos 23 de abril do mesmo ano, na Capela do Carmo, Franca-SP. Foram padrinhos Vicente Gomes Pinheiro e sua mulher Francisca Angélica da Silva, todos de Franca-SP. Ele se casou com Mariana Claudina (Clara) de Jesus.
  7. MARIA THEREZA, foi batizada aos 30 de março de 1834 na Capela do Carmo, Franca-SP. Foram padrinhos Francisco Rodrigues da Costa e Victoria Alves de Figueiredo, todos de Franca-SP.
  8. BALBINA, nascida aos 9 de abril de 1835 e foi batizada aos 9 de maio do mesmo ano na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Joaquim Gomes Pinheiro e sua mulher Maria Joanna da Silveira, todos de Franca-SP.
  9. JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS, foi batizado aos 11 de janeiro de 1841 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos José Ribeiro dos Santos e Maria Joanna.
  10. ANTÔNIO RIBEIRO DOS SANTOS, nasceu aos 2 de novembro de 1841 e foi batizado aos 2 de fevereiro de 1842 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Manoel de Paula e Silva e sua mulher Francisca Antônia Chavier. Ele se casou com Hipólita Maria dos Anjos Figueiredo, filha de José Calazans de Figueiredo e de Maria Victória de Figueiredo. Antônio veio a falecer aos 3 de dezembro de 1899, em Guará-SP.
  11. MOYSÉS, que nasceu aos 10 de janeiro de 1844 e foi batizado aos 28 do mesmo mês e ano na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos o Capitão Antônio Theodoro de Carvalho e sua mulher Dona Maria Vicência de Jesus. Ele se casou com Maria de Paula da Silveira, filha de José de Paula e Silva e de Maria Joanna da Silveira.
  12. JOSÉ MANOEL NETO.

André de Mendonça Ribeiro e Silvéria Ferreira de Santo Antônio

André de Mendonça Ribeiro era natural da freguesia de Bambuí, atual município de mesmo nome situado no estado de Minas Gerais. Ele era filho de Theodósio de Mendonça Ribeiro e de Rosa Maria de Jesus.

Ele se casou com Silvéria Ferreira de Santo Antônio, nascida por volta de 1793, também natural da freguesia de Bambuí, atual Bambuí-MG. Ela era filha de Heitor Ferreira de Barcellos e de Anna Angélica de Jesus. O casamento ocorreu aos 17 de fevereiro de 1817 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. No registro42 de casamento, pode-se ler:

“Aos dezasette do mez de Fevereiro de mil oitocentos de dezasette annos nesta Matriz de Franca as nove horas do dia feitas as Admoestaçõens Canonicas sem resultar impedimento algum com Provizão do Reverendo Vigario da Vara Joaquim Matrins Rodrigues em prezença do Reverendo Manoel Golçalves Cintra de licença minha se receberãop em Matrimonio por palavras de prezentes ANDRE MENDONÇA RIBEIRO, natural da Freguersia de Bambuhy, Bispado de Marianna, filho legitimo de THEODOZIO DE MENDONÇA RIBEIRO, e de ROZA MARIA DE JESUS, e SILVERIA FERREIRA DE SANTO ANTÔNIO, natural da Freguesia do mesmo Bispado, filha legitima do Alferes ETOR FERREIRA DE BARCELLOS, e de ANNA ANGELICA DE JESUS, e logo lhes conferio as Bençoes Nupciais na forma do Ritual Romano. Forão Testemunhas o Alferes Joze Ferreira de Menezes e Vicente Borges Talluros, cazados todos desta Freguesia. O Vigro Joaqm Miz Roz”

No ano de 1865, dois de seus escravos, Julião e Theodora contraíram matrimônio. O casamento foi realizado aos 20 de agosto de 1865 na Igreja Matriz de Santa Rita do Paraíso, atual Igarapava-SP. No registro43 de casamento, pode-se ler:

“Aos vinte de Agosto de 1865 nesta Igreja de Santa Ritta do Paraíso as onze horas da manham procedendo as diligencias do ? assisti o matrimonio, que contrahirão JULIÃO, e THEODORA, esvravos de ANDRÉ DE MENDONÇA RIBEIRO, e lhes dei as benções nupciaes em presença das testemunhas, que abaixo assignarão. E para consta faço este assento. O Pe Zeferino Baptista Carmo
Theodozio de Mendonça Ribeiro
Francisco Bernardes da Silva Bueno”

No ano de 1867, podemos ver o de Vicência, filha de Thomazia, escrava de André de Mendonça Ribeiro, com pai desconhecido. No registro de batismo, pode-se ler:

“A quatro de Agosto de 1867 baptizei solenemente a VICENCIA de vinte dias, filha de Thomazia escrava de ANDRE RIBEIRO DE MENDONÇA; foram Padrinhos Antonio Zefirino de Paula, e Bernardina Maria de Jesus. E para consta faço este assento. O Pe Zeferino Baptista Carmo”

No ano de 1876, podemos ver o batismo de Urias, filho natural de Innocencia, escrava de André de Mendonça Ribeiro. No registro44 de batismo, pode-se ler:

“Aos seis de Janeiro de mil oito centos e setenta e seis, nesta Matriz de S. Rita baptizei solemnemente a URIAS, filho natural de INNOCENCIA, esvrava de ANDRÉ RIBEIRO DE MENDONÇA, com vinte e um dias de idade; forão padrinhos Joaquim Lins Barboza e Joaquina Angélica de Jezus. Para consta faço este assentamento. Patocho Pe Antonio Gomes Xavier”

Silvéria veio a falecer de hidropisia com idade de 70 anos. O enterro foi realizado no cemitério de Igarapava aos 12 de agosto de 1863. No seu registro45 de sepultamento, pode-se ler:

“aos doze de Agosto de 1863, sepultou-se no Cemiterio SILVERIA MARIA cazada com ANDRE DE MENDONÇA RIBEIRO, que faleceo de hydropesia com settenta annos de idade; e para consta fiz este assento. O Pe Zeferino Baptista Carmo”

Foram filhos de Silvéria Ferreira de Santo Antônio e André de Mendonça Ribeiro:

  1. MARIA ANGÉLICA DE JESUS, nasceu aos 31 de dezembro de 1817 e foi batizada aos 8 de janeiro de 1818 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos os avós maternos, o Alferes Heitor Ferreira de Barcellos e sua esposa Anna Angélica de Jesus, todos de Franca-SP. Ela se casou com Manoel Machado Denis, filho de Antonio Machado Diniz e de Thereza Ferreira de Meneses, aos 3 de abril de 1837 em Franca-SP.
  2. JOÃO ANDRÉ DE MENDONÇA RIBEIRO, nasceu em fevereiro de 1819 e foi batizado aos 20 de março do mesmo ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos o Alferes Heitor Ferreira de Barcellos, casada, e Roza Maria, casada, todos de Franca-SP. Ele se casou com Anna Angélica da Silveira, filha de José de Paula e Silva e de Joaquina Ferreira de Jesus, aos 18 de outubro de 1843 em Franca-SP.
  3. MANOEL DE MENDONÇA RIBEIRO (FRANCISCO DE MENDONÇA), irmão gêmeo de João acima, nasceu em fevereiro de 1819 e foi batizado aos 20 de março do mesmo ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Ignácio José Rebello e sua mulher Thereza Maria de Sant’Anna, todos de Franca-SP. Ele se casou com Maria Joana da Silveira, nascida por volta de 1833, filha de Zeferino de Paula Silveira e Rita Angélica de Jesus, aos 30 de janeiro de 1848 em Franca-SP. Ele teria falecido aos 22 de agosto de 1882 em Igarapava-SP.
  4. ANNA ANGÉLICA DE JESUS, nasceu aos 23 de abril de 1820 e foi batizada no dia 21 de maio do mesmo ano na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Joaquim de Paula e Silva e sua mulher Anna Roza de Jesus, todos de Franca-SP. Ela se casou com Joaquim de Paula e Silva, filho de Joaquim de Paula e Silva e de Anna Roza de Jesus, aos 14 de janeiro de 1835 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Franca-SP.
  5. JOÃO, nasceu no dia 1 de março de 1822 e foi batizado no dia 11 do mesmo mês e ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Manoel de Mendonça Ribeiro e sua mulher Maria Angélica, todos de Franca-SP.
  6. ANDRÉ DE MENDONÇA RIBEIRO JÚNIOR, nasceu no dia 30 de novembro de 1824 e foi batizado aos 26 de dezembro do mesmo ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos José de Paula e Silva e sua mulher Joaquina Ferreira de Jesus, todos de Franca-SP. Ele se casou com Marianna Moreira da Assunção, filha de Ignácio Moreira de Souza e Luiza Perpétua da Assunção, aos 9 de janeiro de 1849, na igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP.
  7. MARIA SILVERIA DE JESUS, nasceu aos 1 de setembro de 1827 e foi batizada aos 8 do mesmo mês e ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Norberto de Mendonça Ribeiro e sua mulher Hipólita Ferreira de Barcellos, todos de Franca-SP. Ela se casou com João Marques dos Reis, filho de Francisco Marques dos Reis e de Maria Roza de Sant’Anna, aos 1 de novembro de 1843 em Franca-SP. Ela veio a falecer aos 7 de novembro de 1915 em Ipuã-SP.
  8. JOSÉ FRANCISCO DE MENDONÇA (Capítulo IV – Os Bisavós).
  9. ANTÔNIO FRANCISCO DE MENDONÇA, nasceu por volta de 1830. Ele se casou com a sobrinha por parte de mãe, Maria Joaquina dos Santos, filha de José de Paula e Silva e Joaquina Ferreira de Menezes, aos 8 de outubro de 1843 na Igreja Matriz de Cana Verde, atual Ribeirão Preto-SP. Ele teria se casado por uma segunda vez com Maria Cândida da Silveira, irmã da primeira esposa, em data e local desconhecidos.
  10. JOAQUINA ROSA DO SANTO ANTÔNIO, nasceu no dia 15 de março de 1830 e foi batizada aos 30 do mesmo mês e ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos José de Barcellos Ferreira e sua mulher Constância Angélica da Silveira. Ela se casou com Heitor de Paula e Silva, filho de José de Paula e Silva e de Joaquina Ferreira de Jesus, aos 17 de janeiro de 1847 em Franca-SP.
  11. JERONIMO DE MENDONÇA RIBEIRO, se casou com Rita Angélica da Silveira, nascida por volta de 1841, filha de Zeferino de Paula da Silveira e Rita Angélica de Jesus, aos 25 de julho 1855 em Franca-SP.
  12. BERNARDINA SILVEIRA DE JESUS, se casou com Antônio de Paula e Silva, nascido por volta de 1836, filho de Zeferino de Paula da Silveira e Rita Angélica de Jesus, aos 25 de fevereiro de 1854 em Franca-SP.
  13. SILVESTRE DE MENDONÇA RIBEIRO, nasceu aos 5 de março de 1841 e foi batizado no dia 25 do mesmo mês e ano na Igreja Matriz de N.S. da Conceição de Franca-SP. Foram padrinhos Silvestre Pontilho de Magalhães e sua mulher Maria Hipólita da Silveira. Ele se casou com Anna Angélica da Silveira, filha de José Bernardes Corrêa Rangel e Maria Lucinda da Silveira, aos 31 de agosto de 1865 em Igarapava-SP. Ele veio a falecer aos 9 de dezembro de 1909 em Uberlândia-SP.

Referências

  1. Certidão de nascimento de Elfrida Ribeiro dos Santos. ↩︎
  2. Certidão de Casamento de Lázaro Claudino da Costa e Elfrida Ribeiro dos Santos. ↩︎
  3. Certidão de óbito de Lázaro Claudino da Costa. ↩︎
  4. Certidão de óbito de Elfrida Ribeiro dos Santos. ↩︎
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  6. FAMILYSEARCH. FamilySearch Record Image 939N‑F69B‑WV. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N‑F69B‑WV. Acesso em: 27 de julho de 2025. ↩︎
  7. Certidão de óbito de Joaquim Ribeiro dos Santos. ↩︎
  8. [TO BE ADDED] ↩︎
  9. Certidão de óbito de Amélia da Silveira Branquinho. ↩︎
  10. FAMILYSEARCH. FamilySearch Record Image 939N‑F6S9‑SF. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6VWG-NVCX. Acesso em: 27 de julho de 2025. ↩︎
  11. FAMILYSEARCH. FamilySearch Record Image 939N‑F6S9‑SF. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N‑F6S9‑SF. Acesso em: 27 de julho de 2025. ↩︎
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  13. FAMILYSEARCH. FamilySearch Record Image 939N-7C35-J. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-7C35-J. Acesso em: 27 de julho de 2025. ↩︎
  14. FAMILYSEARCH. FamilySearch Record Image 939N-7C3P-M. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-7C3P-M. Acesso em: 27 de julho de 2025. ↩︎
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  31. WIKIPÉDIA. Lei do Ventre Livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_do_Ventre_Livre. Acesso em: 2 ago. 2025. ↩︎
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  41. FAMILYSEARCH. FamilySearch Record Image 3Q9M-CS23-Y9YN-V. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3Q9M-CS23-Y9YN-V. Acesso em: 27 de julho de 2025. ↩︎
  42. FAMILYSEARCH. FamilySearch Record Image 939N-7Z9J-8. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-7Z9J-8. Acesso em: 27 de julho de 2025. ↩︎
  43. FAMILYSEARCH. Record Image 939N‑F69B‑81. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N‑F69B‑81. Acesso em: 30 de julho de 2025. ↩︎
  44. FAMILYSEARCH. Record Image 939N‑F69R‑KF. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N‑F69R‑KF. Acesso em: 30 de julho de 2025. ↩︎
  45. FAMILYSEARCH. FamilySearch Record Image 939N-F6S9-ST. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-F6S9-ST. Acesso em: 27 de julho de 2025. ↩︎